Definitivamente vivemos tempos estranhos. Vamos por partes.
A cidade de Ilhéus vive uma expansão imobiliária como nunca foi visto antes. Novos condomínios são erguidos, principalmente na zona sul da cidade. Uma das principais propagandas que constam no material de divulgação destes novos condomínios é a integração das pessoas com a natureza. Ironicamente, neles não encontramos árvores, ao contrário, muito cimento, e normalmente um gramado ralo que eles insistem em dizer que é área verde. Eu moro em um condomínio com estas características.
Aqui predomina o asfalto e as pedras, poucas árvores. Mas o condomínio tem piscina, quadra de esportes e uma sala de musculação. Portanto está de acordo com a geração saúde.
O interessante é notar que ele tem bastante espaço para automóveis e pouco espaço para bicicletas. Aliás, construíram bicicletários na parte do fundo dos blocos para que as pessoas pudessem colocar as suas bicicletas, mas sem qualquer tipo de proteção contra o tempo, como e chuva. Aí vão algumas perguntas: será que o síndico sabe que bicicletas enferrujam? Será que o condomínio sabe o valor de algumas das bicicletas dos seus condôminos? Será esta a visão que mantêm a respeito do uso racional da bicicleta? Creio que sim!
Esta semana ao chegar no meu bloco me deparei com o aviso abaixo. Interessante, pois isto afeta todos os usuários, principalmente as crianças e numa época em que elas estão de férias. Será que o síndico sabe o trabalho que dá descer do quarto piso com uma ou duas bicicletas para que as crianças possam se divertir um pouco? Acredito que no mínimo o síndico não sabe andar de bicicleta ou detesta crianças pedalando pelo estacionamento.
Fica aqui o meu repúdio a esta atitude estúpida e pouco construtiva por parte da administração do condomínio. Precisamos encarar a bicicleta não apenas como um meio de lazer, mas também como um meio de locomoção e de promoção de uma vida mais saudável.